Sinto-me, sem sentir,
todo abrasado
No rigoroso fogo que me alenta.
O mal que me consome, me sustenta.
O bem que me entretém, me dá cuidado.
Ando sem mover, falo calado.
O que mais perto vejo, se me ausenta,
E o que estou sem ver, mais me atormenta;
É bom amar esse tormento.
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